Vida e obras
Durante a insurreição da Gália, principalmente contra os bagaudas, por volta do ano 286, Maximiano marchou com a Legião Tebana sendo uma parte do seu exército.
Depois da revolta ter sido suprimida, e no seu retorno para Agauno (agora Saint-Maurice-en-Valais) na Suíça, Maximiano deu ordem para que todo exército fizesse sacrifícios aos deuses romanos em agradecimento ao sucesso da campanha. Como parte da celebração, o imperador também ordenou a execução de vários prisioneiros cristãos. A Legião Tebana recusou-se a obedecer a ordem e se retirou dos ritos, deixando o acampamento e se distanciando bem longe do resto do exército para não ser impelida ao que eles viam como terrorismo contra suas crenças.
Maximiano repetidamente ordenou que a Legião Tebana obedecesse suas ordens, e quando eles continuaram recusando, ele ordenou que a unidade fosse "dizimada", uma prática na qual um de cada dez homens era morto.
A Legião, contudo, não se abalou, apesar das ameaças de uma segunda dizimação, que foi executada. O imperador disse aos remanescentes que seriam todos mortos, mas seu capitão, Maurício, inspirou neles o exemplo dos soldados já martirizados, e lhes falou que a todos eles estava assegurado um lugar no Céu. Todos foram decapitados por outros soldados, sem resistência. Maximiano chegou a ponto de levar as execuções até mesmo contra os membros da Legião Tebana estacionada em outro lugar no Império da Gália, incluindo a própria Roma.
Devoção
São Maurício é um dos santos mais populares da Europa ocidental. Há mais de 650 lugares sagrados que levam seu nome na França. Mais de setenta cidades levam o nome dele.
Na Idade Média são Maurício foi o santo protetor de várias dinastias da Europa e depois dos santos imperadores romanos, muitos dos quais foram ungidos diante do altar de São Maurício na Basílica de São Pedro, em Roma.
O rei Sigismundo da Borgonha doou terra para um mosteiro em honra dele, em 515.
Henrique I da Germânia (919-936) cedeu a província suíça de Aargau em troca da Lança dos Santos; e a relíquia sagrada, a Espada de São Maurício, foi usada pela última vez na coroação do Imperador Carlos da Áustria como rei da Hungria, em 1916.
No Brasil, é considerado o padroeiro das Escolas Militares e da União Católica dos Militares.
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