“Olha este prego, que é um sinal de que você será minha esposa a partir de hoje; (...) daqui em diante não apenas como Criador e como Rei e seu Deus você olhará para minha honra, mas como minha verdadeira esposa; minha honra já é sua e a sua é minha".
O matrimônio espiritual é o símbolo das relações de Deus com a humanidade, é a partilha mais profunda entre duas pessoas. É a máxima individualização e a máxima comunhão. Não se pode estabelecer uma relação de comunhão se não permaneço “eu” mesmo e o outro não permanece “ele” mesmo. Então, a relação mútua, recíproca, nos faz indivíduos unidos. É a plenitude do amor: acolher o outro e deixá-lo ser ele mesmo e dar-nos a ele com todo o nosso ser. É a relação mais íntima, mais profunda.
Devemos dizer aos cristãos que Deus é amor. E, por ser amor, não chama ninguém a uma vida medíocre, Ele chama todos à plenitude, e a plenitude de vida é uma plenitude de relação. E quando fala de relação com Deus, a santa – como João da Cruz, como a Tradição da Igreja – fala do matrimônio espiritual, que é a história da relação humana mais íntima, mais significativa.
Então, Deus chama todos, sem distinção de leigos, religiosos… Deus chama todos a viver o amor, simplesmente. Porque a nossa vocação é amar tanto quanto somos amados.
Postar um comentário