7 famílias santas na história da Igreja Católica

 

Toda vez que nasce uma família a Igreja se enche de alegria e a esperança floresce no mundo. Quer conhecer testemunhos belíssimos sobre famílias santas?

Há muitas histórias inspiradoras de amores verdadeiros e provados e que santificaram famílias inteiras. Vamos conhecê-las um pouco.

 

1 – Sagrada Família

 



        A Sagrada Família é o máximo da perfeição. Não sem lutas, não sem desafios, santificaram o mundo acerca das escolhas inspiradas de São José, Maria e Jesus. José, pai adotivo de Jesus, não deixou de cumprir com responsabilidade os seus deveres de pai, assistindo-os desde o nascimento do filho em Belém e até mesmo ensinando a Jesus o ofício de carpinteiro. É, para nós, modelo de todas as famílias cristãs, pois nela Deus está sempre no centro das decisões e ocupa sempre o primeiro lugar. A família é, antes de tudo, uma grande escola de virtudes.


 

2 – Santa Ana e São Joaquim


Santa Ana e São Joaquim, os avós de Jesus. A pureza, a simplicidade, a docilidade, a espiritualidade e a santidade de Maria atestam a santidade de seus pais. Ana e seu marido Joaquim já estavam com idade avançada e ainda não tinham filhos, o que, para os judeus de sua época, era quase um desgosto e uma vergonha também. Ana e Joaquim rezaram por muito tempo até que Ana engravidou.

3 – São Gregório e Santa Nonna


        São Gregório e Santa Nonna – esses me surpreenderam, pois não os conhecia. Pais de três santos: Santa Gorgonia, São Cesário e São Gregório de Nazianzo, Doutor da Igreja. Filho de santo, santinho é! Brincadeiras à parte, Nonna convenceu seu marido a se converter ao cristianismo, sendo ele um membro dos Hipsistarianos (um grupo de pagãos simpatizantes do judaísmo do Segundo Templo). Sua conversão se deu com 60 anos de idade e fora eleito como bispo de Nazianzo.

  

4 – Santa Mônica e seu filho

 



Santa Mônica (331-387), mãe de Santo Agostinho. Mônica casou-se aos 17 anos com Patrício. O marido tinha um temperamento violento, mas a oração e o testemunho de Mônica o levaram à conversão. O casal teve três filhos, sendo um deles Santo Agostinho, Doutor da Igreja, um dos maiores personagens da história do cristianismo. Um filho difícil, cheio de vaidade e avesso à fé cristã professada pela mãe, Agostinho deu trabalho.

Foi com as suas orações e as lágrimas que Agostinho se converteu e pediu o batismo. É o que ele reconhece em suas Confissões: “Deu-me a vida temporal segundo a carne e, pelo coração, fez-me nascer para a vida eterna.


5 – Luigi e Maria Beltrame



O casal se conheceu em Roma – bem romântico a meu ver – quando eram adolescentes, e se casaram em 25 de novembro de 1905, na Basílica Santa Maria Maior. Linda igreja, já a conheci pessoalmente. A história deles estava no início e em 1913 a jovem família atravessou um momento doloroso e bastante incerto, quando a gravidez de Maria teve sérias complicações e os médicos diagnosticaram que nem mãe e nem filho sobreviveriam a um parto.

 

Maria deu à luz a uma menina. Ainda que os doutores manifestassem que um aborto poderia salvar a vida de Maria, o casal preferiu confiar na proteção divina. E, embora a gravidez tenha sido dura, tanto mãe como filho milagrosamente sobreviveram. Eles tiveram mais três filhos: dois meninos e uma menina. Todos com vocação ao sacerdócio e à vida religiosa. O casal ia à missa pela manhã todos os dias e de noite rezavam o terço. Tiveram quatro filhos e foram beatificados juntos, em 2001, por São João Paulo II. Sua última filha morreu em 2012. Se tivesse vivido nessa época certamente teria dito: Deus é bom o tempo todo! Porque, eu tenho essa certeza hoje no meu matrimônio.

 

6 – Louis e Zelie Martin

 


Louis e Zelie Martin, os pais de Santa Teresinha. Tente imaginar o meu suspiro profundo e um leve sorriso em meus lábios. Sou apaixonada pela vida dessa família! Os esposos Luís Martin e Maria Zélia Guérin viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor. Neste clima, germinaram as vocações de três das filhas e, entre elas, Santa Teresinha.


Eles tiveram nove filhos, sendo sete meninas e dois meninos. Zélia faleceu de um câncer de mama, quando Santa Teresinha ainda era uma criança de quatro anos. Louis faleceu após perder as faculdades mentais e esteve internado no sanatório de Caen.

O Papa Francisco, muito sensível, canonizou o casal em 18 de outubro de 2015, em meio ao Sínodo Ordinário dos Bispos, que tratou do tema da família. Não é maravilhoso tudo isso? Mais um exemplo de família simples e fiel a Deus, inspiradora de muitas famílias santas.

 

7 – Santa Gianna De Beretta Molla

 

        Santa Gianna De Beretta Molla – a família de Santa Gianna testemunhou lindamente a fé cristã e a cultura.

Em 1955, Gianna se casou com o diretor industrial Pedro Molla. O casal viveu seguindo a tradição cristã familiar: oração, missa e eucaristia. Ao mesmo tempo, eram inseridos com harmonia na vida moderna. Tiveram três filhos. Felizes, tiveram a notícia de uma quarta gravidez em setembro de 1961. Pouco tempo, depois, porém, Gianna sentiu-se mal e teve que ser internada. Após exames, foi descoberto um fibroma no útero

Após a morte de Santa Gianna, Pedro Molla, o viúvo, encontrou anotações pessoais da esposa. Essas anotações eram feitas antes dos retiros espirituais. Nas notas de Santa Gianna descobre-se uma conexão indissolúvel de seu coração com o amor, com o sacrifício e com a fé inabalável. A opção de Santa Gianna pela vida da filha em seu ventre foi totalmente consciente, repleta de amor e respeito à vida.

        Santa Gianna Baretta Molla foi canonizada pelo Papa João Paulo II em 2004. Na ocasião, o Papa exaltou não só seu heroísmo final, mas também sua vida inteira como exemplo mulher, esposa, mãe, profissional e evangelizadora. Um verdadeiro exemplo para as mulheres e os casais modernos. Ufa! Essa viveu muito próximo do mundo que temos hoje. Parece-me mais possível a santidade, parece-me que ela se aproxima de nós, famílias dos dias de hoje, ou melhor, famílias santas dos dias de hoje.

 

A Igreja se enche de alegria

“Vós famílias, sois a esperança da Igreja e do mundo”, diz o Papa Francisco, e toda vez que nasce uma família a Igreja se enche de alegria e a esperança floresce no mundo.

No livro “Casamento e Família”, do Papa Pio XII, como nossa sociedade frequentemente gosta de nos lembrar, o casamento não é uma tarefa fácil. Viver a vocação do matrimônio requer auto-sacrifício e auto-disciplina. Nela, ambos os esposos fazem uma promessa diante de Deus em permanecer comprometidos um com o outro não importa o quão difícil a situação se torne.

Eles prometem assistir e confortar um ao outro no meio de qualquer circunstância. Juntos, eles irão enfrentar provações e dificuldades que irão passar pelos seus caminhos e juntos eles irão desfrutar as maiores bênçãos da vida, mas o objetivo final do casamento, tem mais a ver com aonde eles irão passar a eternidade.

Deus, ainda segundo o livro, usa o casamento para nos ajudar no crescimento da santidade. Ele revela nossas forças e nossas fraquezas na maneira em que respondemos ao nosso esposo. Ele nos chama a confiramos inteiramente n’Ele e em Seu plano para nossa família nas nossas decisões diárias.

“Quanto mais santa e isenta de pecado for a vossa união, tanto mais vos abençoarão Deus e Sua Mãe puríssima, até o dia em que a Bondade Suprema unir para sempre no céu aqueles que se amaram cristãmente na Terra” (p. 13)

 



Fonte: https://comshalom.org/7-familias-santas-na-historia-da-igreja-catolica/

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