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Nasceu no século IV, em Cesareia, na Palestina. Muito jovem, discerniu sua vocação à vida eremita, retirou-se a um lugar distante para se entregar à vida de sacrifício e de oração pela salvação das pessoas e também pela própria conversão. Ele vivia um grande combate contra o homem velho, aquele que tem fome de pecado, que é desequilibrado pela consequência do pecado original que atingiu a humanidade que todos nós herdamos. Mas foi pela misericórdia, pela força do Espírito Santo que ele se tornou santo. Sua fama foi se espalhando e muitos procuravam Martiniano. Embora jovem, ele era cheio do Espírito Santo para o aconselhamento, a direção espiritual, até apresentando situações de enfermidades, na qual ele clamava ao Senhor Jesus pela cura e muitos milagres aconteciam. Através dele, Jesus curava os enfermos. Homem humilde, buscava a vontade de Deus dentro deste drama de querer ser santo e ter a carnalidade sempre presente. Aconteceu que Zoé, uma mulher muito rica, mas dada aos prazeres carnais e também às aventuras com um grupo de amigos, fez uma aposta de que levaria o santo para o pecado. Vestiu-se com vestes simples, pobres, pediu para que ele a abrigasse por um dia. Eles dormiram em lugares distantes, mas ela, depois, vestiu-se com uma roupa bem sedutora e foi ser instrumento de sedução para Martiniano.

Conta-nos a história que ele caiu na tentação. Os santos não foram homens e mulheres de aço, pelo contrário, ao tomar consciência daquele pecado, ele se prostrou, arrependeu-se, penitenciou-se, mergulhou o seu coração e a sua natureza na misericórdia de Deus. Claro que o Senhor o perdoou. Só há um pecado que Deus não nos perdoa, aquele do qual não somos capazes de nos arrepender. São Martiniano arrependeu-se e retomou o seu propósito. Ele foi um instrumento de evangelização para aquela mulher que, de tal forma, também acolheu a graça do arrependimento, entrou para a vida religiosa e consagrou-se, fazendo parte do mosteiro das religiosas de Santa Paula e ali se santificou. O Santo, depois, foi para uma ilha; em seguida para Atenas, na Grécia, e, no ano 400, partiu para a glória tendo recebido os sacramentos. Santo não é aquele que nunca pecou. Com exceção de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Virgem Maria, todos os demais santos, de ontem e também de hoje, não são chamados a pecar. Mas a oração, a vigilância e o mergulho da miséria na misericórdia divina é o que nos santifica.

São Martiniano, rogai por nós!



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