10 de Março de 2022
Sexta-feira da II semana da Quaresma
Texto Orante: Montse Benito

Motivação

Fazemos uma pausa no dia para ir ao encontro de Jesus sabendo que, sem ruido de palavras, instrui nosso coração.
Escutamos a parábola que nos dirige hoje. É um chamado a nossa consciência. Deixemo-nos questionar: Como respondemos a seu amor?, O que damos realmente a Deus em nossa vida cotidiana?, O que lhe entregamos nos momentos do dia que dedicamos só a Ele?
Que a Palavra de Deus nos purifique e renove nosso amor.

Do Evangelho de São Mateus 21, 33-43.45-46



Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: “Escutai esta outra parábola: certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois, arrendou-a a vinhateiros e viajou para o estrangeiro. Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos. Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro e ao terceiro apedrejaram. O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’. Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. Pois bem, quando o dono da vinha voltar, o que fará com esses vinhateiros?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”. Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos’? Por isso eu vos digo, o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”. Os sumos sacerdotes e fariseus ouviram as parábolas de Jesus e compreenderam que estava falando deles. Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois elas consideravam Jesus um profeta.


Comentário Orante

Com esta parábola, Jesus denuncia a atitude injusta dos lavradores que se apropriam do que não lhes pertence, dando a entender, em relação a isto, o modo em que vai morrer.
Esta parábola é vigente. Com ela, Jesus revela a nossa consciência cristã que a inveja e o egoísmo continua nos cegando, continua nos movendo a rejeitar, inclusive a eliminar, quem nos incomoda. Nos lembra que tudo o que somos e temos não nos pertence, mas que o recebemos gratuitamente de Deus.
Esta parábola nos diz, finalmente, que Deus constrói seu reino com quem rejeitamos, quer dizer, com Jesus, a quem perseguimos em todos os pequenos e vulneráveis.
Mas a vingança de Deus diante de nossa rejeição tem sido sua misericórdia. Para todos. Mistério que não deixa de encher-nos de admiração.

PALAVRA DOS MÍSTICOS



Escreve Santa Teresinha do Menino Jesus:
«Sabeis, Deus meu, nunca desejei nada senão amar-vos, não almejo outra glória. Vosso amor preservou-me desde a minha infância, cresceu comigo e, agora, é um abismo cuja profundeza não posso avaliar.
O amor atrai o amor, por isso, meu Jesus, o meu se lança para vós, queria encher o abismo que o atrai, mas ai! não é nem uma gota de orvalho perdida no oceano!... Para amar-vos como me amais, preciso tomar de empréstimo o vosso próprio amor, só então encontro o repouso».
(História de uma Alma, Manuscrito C)


ORAÇÃO

Deus, que farás conosco, que desobedecemos?
Mistério insondável de misericórdia:
nos mandou teu Filho Jesus, nossa salvação.
Com Teresa do Menino Jesus,
não posso mais que responder-te:
“Une-me a ti, Deus meu, vinha santa e sagrada,
e meu débil ramo dará frutos de amor.
Assim poderei oferecer-te um cacho dourado,
oh, Jesus, desde hoje”

(Meu canto de hoje 9)

Tradução livre do App Evangelio Orado oferecido por Carmelitas Descalços Província Ibérica
Tradução e montagem: Ciça de São João da Cruz, OCDS

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